Renda Fixa: O que é CDB, CDI, SELIC, LCA, LCI, LC e IPCA?

A renda fixa é a porta de entrada para milhares de investidores brasileiros que buscam segurança, previsibilidade e rendimentos superiores à poupança. Mesmo em 2025, quando a Selic está em 15% a.a., esses ativos continuam sendo o alicerce de muitas carteiras de investimento.
Neste artigo, vamos explicar os principais tipos de aplicações de renda fixa e como cada uma funciona, incluindo CDB, CDI, Selic, IPCA, LCI, LCA, LC e outros.
O que é CDB (Certificado de Depósito Bancário)?
O CDB é um título emitido pelos bancos para captar recursos. Na prática, ao investir em um CDB, você empresta dinheiro ao banco, que usa esse capital em suas operações de crédito.
- Alguns CDBs oferecem liquidez diária, permitindo resgate a qualquer momento.
- Outros só permitem resgate no vencimento, mas oferecem taxas melhores.
Tipos de CDB:
- Pós-fixados: seguem um indexador (CDI, IPCA ou Selic).
- Prefixados: taxa definida no momento da aplicação.
- Atrelados à inflação: combinam IPCA + taxa fixa.
Segurança: CDBs são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil por CPF e instituição.
O que é CDI (Certificado de Depósito Interbancário)?
O CDI é a taxa usada nos empréstimos entre bancos. Ele serve de referência para a maioria dos investimentos de renda fixa.
Na prática, quando um banco anuncia um CDB 100% do CDI, significa que o rendimento acompanhará exatamente essa taxa.
O que é a Taxa Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e influencia todos os outros tipos de crédito e investimento.
Ela também está presente no Tesouro Selic, um dos títulos públicos mais seguros do país, usado por quem quer liquidez e proteção.
O que é IPCA?
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial de inflação no Brasil, medido pelo IBGE.
Alguns investimentos, como Tesouro IPCA+ e CDBs híbridos, oferecem rentabilidade de IPCA + taxa fixa, protegendo o investidor contra a perda do poder de compra.
O que são LCI e LCA?
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário): voltada ao setor imobiliário.
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): destinada ao agronegócio.
Ao investir nesses títulos, você está financiando setores fundamentais da economia, que ajudam no crescimento do PIB e na geração de empregos.
Vantagem: em 2025, continuam isentos de IR para o investidor pessoa física.
Atenção: possuem prazos mínimos, geralmente de 90 dias ou mais.
O que é LC (Letra de Câmbio)?
A LC é emitida por financeiras (e não por bancos). Funciona de forma parecida com o CDB, mas é considerada mais arriscada, já que as financeiras são menores.
Outros ativos de renda fixa
- Debêntures: títulos emitidos por empresas para financiar projetos. Podem ser incentivadas (isentas de IR) ou comuns (tributadas).
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): são lastreados em recebíveis desses setores. Não possuem garantia do FGC, mas contam com isenção de IR.
Tributação na Renda Fixa
Com exceção da LCI, LCA, CRI e CRA, a maioria dos títulos de renda fixa segue a tabela regressiva do Imposto de Renda.
Tabela regressiva de IR sobre o lucro:
| Prazo da aplicação | Alíquota IR |
|---|---|
| Até 180 dias | 22,5% |
| 181 a 360 dias | 20% |
| 361 a 720 dias | 17,5% |
| Acima de 720 dias | 15% |
Conclusão
A renda fixa em 2025 continua sendo uma opção sólida, especialmente com a Selic elevada.
- O CDB é ideal para quem busca variedade de prazos e taxas.
- O Tesouro Direto oferece máxima segurança.
- LCI e LCA se destacam pela isenção de IR em prazos curtos.
- Já LC, CRI e CRA podem oferecer maiores retornos, mas com riscos adicionais.
O segredo está em diversificar sua carteira, equilibrando segurança, liquidez e rentabilidade de acordo com seus objetivos financeiros.
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