Banco do Brasil (BBAS3) tem queda de 60% no lucro. Hora de comprar?

Os resultados do Banco do Brasil (BBAS3) foram divulgados na última quinta-feira, 14/08/2025, e trouxeram um forte impacto para o mercado. O banco registrou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), o que representa uma queda de 60% em relação ao mesmo período de 2024 e uma retração de -48,7% frente ao trimestre anterior.
Esse resultado ficou abaixo das expectativas, mas já era parcialmente antecipado pelo mercado. Segundo o CFO Marcos Geovanne Tobias, “esse resultado sofreu principalmente por conta do aumento da inadimplência na carteira rural”.
No acumulado do primeiro semestre de 2025 (1S25), o Banco do Brasil apresentou um lucro líquido de R$ 11,2 bilhões, representando uma queda de 40% em comparação ao 1S24, quando havia registrado R$ 18,8 bilhões.
O que está acontecendo com o Banco do Brasil?
A queda no lucro foi influenciada principalmente por dois fatores:
- Aumento da inadimplência no agronegócio – A carteira rural tem sido a mais impactada, refletindo um cenário mais desafiador no setor.
- Impacto regulatório – A nova resolução CMN nº 4.966/2021 também trouxe efeitos negativos nos resultados do banco.
Esses pontos ajudam a explicar por que o desempenho do Banco do Brasil ficou tão abaixo do esperado pelo mercado.
Hora de comprar BBAS3?
A grande dúvida dos investidores agora é: será que esse é o momento certo para investir em BBAS3?
Se você é um investidor iniciante com foco no longo prazo, essa pode ser uma boa oportunidade de entrada. Apesar do cenário desafiador atual, o Banco do Brasil tem um histórico consistente de geração de resultados e pagamento de dividendos atrativos.
Nos últimos 3 anos, os proventos ficaram sempre em dois dígitos:
- 2022: R$ 2,07 por ação
- 2023: R$ 2,27 por ação
- 2024: R$ 2,60 por ação
Esse histórico reforça o compromisso do banco em remunerar bem seus acionistas. Além disso, em maio de 2025 as ações chegaram à máxima de R$ 29,30 em 52 semanas. No entanto, após a divulgação dos resultados mais fracos do 1T25, o papel recuou, atingindo a mínima de R$ 18,42 em agosto de 2025.
Ou seja, para quem acredita na recuperação da instituição e busca construir posição pensando em dividendos e valorização de longo prazo, a queda pode sim representar uma janela de oportunidade.
Considerações finais
O Banco do Brasil passa por um momento delicado, mas continua sendo uma das instituições financeiras mais sólidas do país. Os próximos trimestres serão fundamentais para avaliar se o impacto da inadimplência e da regulação será apenas temporário ou estrutural.
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